Caros amigos, bom dia!
O Maison de La Parole entrará em recesso a partir de hoje por um motivo justo: preciso terminar o meu livro para 2016. No próximo ano teremos muitas novidades. Um novo livro é um projeto que envolve outras pessoas lá da Multifoco, que é a minha editora aqui no Brasil. Aproveitarei desse tempo para mergulhar na nova trama, com meus novos personagens que há alguns meses me acompanham.
Quero agradecer a cada um de voces pelo carinho. Escritor sem leitores não existe. O feedback que tenho recebido é muito importante para mim porque faz luz sobre a trajetória. Ouvir é uma arte.
2015 foi um ano de mudanças, conquistas e enfrentamentos para todos nós. À distância dos acontecimentos percebemos o quanto o tempo apequena as atribulações da vida. Os chamados momentos ruins e bons ganham novas cores. Isso quando nós desejamos que assim seja. Nem tudo saiu do modo como havíamos programado mas isso não significa que as mudanças tenham sido negativas. A etiqueta do "bom" e "ruim" é sempre dada por nós mesmos. Sempre. E ainda tem o "ruim que foi bom" e o "bom que foi ruim". Relativizar o processo não é fuga é enfrentamento. Tirar a etiqueta do drástico e do maravilhoso nos devolve ao chão e a saúde também porque ninguém é de ferro e muitas doenças seriam evitadas se tivéssemos mais carinho por nós mesmos. Por isso, uma reflexão profunda, um "Caminho de Santiago interior", é uma possibilidade de reavaliar o que vivemos. Assim deixamos de comer em excesso, de não se alimentar bem, de dirigir igual a um desesperado, de dar bom dia, de gritar para não ouvir o outro e, sobretudo de não querer dominar o outro para que tenhamos um refém caseiro que sempre nos diz sim. Na realidade quem assim age está sendo refém da própria falta de conhecimento de si mesmo.
Dentro dessa atmosfera de questionamentos, que tal começarmos o ano novo com nós mesmos? Estamos aqui de passagem. Somos resultados de mutações genéticas, leis químicas e espirituais. Estamos em constante evolução. Estar ciente das nossas dificuldades e das dificuldades dos outros em "ser o que se é" gera empatia. A lista da perfeição é para ser almejada, mas ninguém é perfeito. A lista do "nunca dessa água beberei" é mais uma cadeia pessoal do que uma atitude. Somos livres em nossas escolhas? O que é a nossa felicidade? Preciso sempre do outro para ser feliz ou sou feliz e por isso levo felicidade para o outro? Hummmm... vamos ter muito trabalho! Mas valerá a pena!
Um Natal sereno e um 2016 repleto de escolhas felizes e verdadeiras, mesmo com as nossas marcas da imperfeição.
Nivea Oliveira
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