Observando a foto de um detalhe de uma colcha de retalhos de minha mãe, comecei a refletir sobre as conexões que fazemos em nosso cotidiano. Somos como esses pedacinhos de tecidos. Temos a nossa forma e cor e estamos unidos aos demais por linhas tênues. Na colcha esse conjunto cria uma harmonia perfeita e visualmente atraente. Em nossa convivência habitual esses contrastes não se unem facilmente. E, quando se unem repentinamente, quase sempre, se dissolvem na mesma velocidade. Queremos ter a beleza das cores, mas não queremos nos deixar cortar. Se precisarmos aparar um ângulo de nossos cantinhos para nos moldarmos a outras formas nem sempre conseguiremos fazer isso de modo tranquilo. Não somos tecidos, portanto, não conseguimos nos moldar a nada sem o pensamento. Por isso o conflito emerge desses momentos. O conflito em si não é negativo. Graças aos conflitos conseguimos evoluir em muitos setores da nossa existência. Procurá-los sem uma razão é que deixa o sabor da vida ensoss
Uma escritora que ama a fotografia e a fotoliteratura.