Maison de la Parole NiveaOliveira

Ousar e construir novos percursos com um sorriso nos lábios! Só olhe para trás para pegar impulso e ir adiante. Feliz 2016 leitores amigos.

Caros amigos, bom dia! O Maison de La Parole entrará em recesso a partir de hoje por um motivo justo: preciso terminar o meu livro para 2016. No próximo ano teremos muitas novidades. Um novo livro é um projeto que envolve outras pessoas lá da Multifoco, que é a minha editora aqui no Brasil. Aproveitarei desse tempo para mergulhar na nova trama, com meus novos personagens que há alguns meses me acompanham. Quero agradecer a cada um de voces pelo carinho. Escritor sem leitores não existe. O feedback que tenho recebido é muito importante para mim porque faz luz sobre a trajetória. Ouvir é uma arte.  2015 foi um ano de mudanças, conquistas e enfrentamentos para todos nós. À distância dos acontecimentos percebemos o quanto o tempo apequena as atribulações da vida. Os chamados momentos ruins e bons ganham novas cores. Isso quando nós desejamos que assim seja. Nem tudo saiu do modo como havíamos programado mas isso não significa que as mudanças tenham sido negativas. A et

O universo nos impulsiona criando encontros e desencontros. Cada um de nós chega à vida do outro na hora certa. Estamos no mês de agradecimentos. Estamos encerrando um ciclo. Encontrar-se consigo mesmo é também um milagre da vida. Gostar da própria companhia é muito bom. Vamos agradecer àquela pessoa que está conosco há anos: nós mesmos. O tempo não conhece o calendário. O homem inventou o calendário para controlar o amigo tempo que sorri diante de nós todos os dias nos mostrando os seus efeitos. Abrace a si mesmo e imagine boas energias para as pessoas que estão próximas ou não de nós mesmos (estamos todos próximos, mesmo longe fisicamente).  A imaginação não é um esconderijo. É cerne de vida. E a vida deve ser vivida e compartilhada.  Nesses dias que se aproximam das festas de final de ano alguns não irão sorrir muito, mas estarão vivos. Refiro-me àquelas pessoas que perderam bens materiais e ficaram desolados. Refiro-me também àqueles que perderam entes que

A vida sempre questiona: Onde começa?  Onde termina?Onde?A busca pode causar distrações.Onde começa também termina.Uns terminam antes de começar.  Outros começam terminando. Faça da promessa o desafio.Começos são sempre mágicos,  fins são rimas que perderem o auge. E se estiver cansado não comece e nem termine. Puxe a linha do tempo e não seja escravo do desejo.Seja livre para muitos começos nessa nossa vida que não termina.Dance na eternidade.  Então entenderás porque terminou começando de novo ou porque começou terminando. E se nada achar vamos adiante. Tem espaço para todos! Nivea Oliveira - em eternos começos

Objetos vários podem ser companheiros de nossa caminhada. As palavras emprestadas do dicionário dão significado a esses símbolos. A fantasia é como o vento: tira tudo do lugar. Não são os objetos e sim o que nele depositamos que modifica tudo. Voe com a sua fantasia. Sem medo. Podemos ser maiores do que o que nos atinge. Voe bem alto em sua imaginação e depois observe tudo lá de cima. Se não puder atravessar a parede, flutue. Nivea Oliveira

Mito vem do grego e significa ‘narrativa contada’ e procura explicar os acontecimentos da vida através do sobrenatural. Os mitos   possuem explicações sobre a origem do mundo e do homem e eram transmitidos oralmente. Segundo a mitologia, Prometeu (aquele que vê antes, que é previdente) é o criador da humanidade. Conta-se que certa vez ele entrou no Olimpo e roubou uma centelha de fogo para entregá-la aos homens. O fogo representava a inteligência para construir a defesa, as casas e a partir dessa construção de leis comuns, ajudando o homem a se organizar socialmente. A história vai adiante mas me detenho aqui para fundamentar a nossa conversa de hoje: o ver adiante e o elemento fogo . Estar adiante no tempo pode causar admiração por parte dos demais mas também pode suscitar momentos de incompreensão entre os nossos pares . O olhar pessoal que vai além da árvore que temos adiante e visualizar a floresta é um exercício de liberdade pessoal . É como se brincássemos de sermos

Sempre buscando uma resposta lá vamos nós procurar os nossos amigos livros. Inquietos que somos queremos sempre responder, da melhor maneira e acertar sempre. Silenciosos, os livros nos respondem. Mas, nos pedem paciência para ouvi-los. E a situação se complica porque temos que responder emails, fazer compras, chegar na hora certa no consultório do médico, ir naquela festa imperdível mesmo que a nossa cabeça esteja se perdendo de tanto trabalho acumulado, temos que ir à academia, acordar cedo, fingir que está tudo bem enquanto o mundo desaba, ver televisão... temos isso, temos aquilo. Temos mesmo? Nos pergunta o texto. Por que o silêncio nos assusta tanto? Será que a nossa voz não é bonita? Será que a pergunta vai nos fazer mudar de rumo? Mas, que rumo é esse? É o meu ou é o do mundo? Viramos a página e queremos mais. Queremos a fórmula mágica, a receita de bolo de felicidade que nos conduza ao tal rumo indicado como o bom, o ideal, o perfeito. Tudo prontinho para usar. E nada diss

O que aprendi com os animais Aqui estou com minha amiga Megan, na Escócia. Durante o tempo em que lá estive Megan foi uma companheira ímpar. Dormiu em frente ao meu quarto todos os dias da minha estadia. Quando eu ia correr ela me acompanhava até determinado ponto e depois me aguardava próxima à estrada, com um olhar que tentei descrever várias vezes, mas sempre me pareceu difícil pela complexidade do que eu sentia: era algo como um reconhecimento, agradecimento, carinho, companheirismo... um olhar que somente os animais possuem. O escritor escocês Robert Louis Stevenson disse que “ o melhor que podemos achar em nossas viagens é um amigo honesto ”. E assim foi também em outros lugares do mundo por onde passei. Ontem, pela manhã vi um homem em Copacabana empurrando uma cadeira de rodas com o seu cachorro sentado. Ele tentava desviar de alguns buracos que a calçada possui e olhava seu animal com ternura. Logo me lembrei de Kyra, minha linda setter irlandês que se

Em meu livro Uma Ponte Para Você (Multifoco 2014) eu falo sobre como alguns acontecimentos conseguiram alterar rotas, mudar o meu modo de ver a vida e o meu jeito de me posicionar diante dela.O desejo de carregar objetos que sustentavam a minha identidade em algumas viagens nem sempre confirmaram a real necessidade desse gesto. Eu queria levar o mundo em minhas malas para chegar nos lugares com algo nas mãos esquecendo que devemos viajar de mãos vazias para acolher o novo. Como dizia Khalil Gibran, "a simplicidade é o último degrau da sabedoria." Minha casa na Itália parecia um Museu da Memória. Quando um projeto terminava eu trazia mil lembranças que ficavam decorando o ambiente por um tempo. Quando eu devia partir novamente cobria tudo com lençóis e lá ia eu de novo para outro país, com outra língua, clima, cultura. Um exercício constante de recomeços que serviram para admirar a leveza.  Ainda estou no processo de aprendizado. Continuo tentando viajar leve e

“Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça", já dizia a nossa querida Cora Coralina. Como recriar a vida se não temos nem tempo para viver direito? Esse foi o questionamento de uma pessoa outro dia. O que significa viver para você? Devolvi a pergunta com outra indagação. E a pessoa se confundiu. E depois quis saber mais. Usar trechos de livros, poemas e reportagens pode ter um efeito balsâmico em nossas existências apressadas. Nesses tempos de pedras e rosas encontrar um sinal positivo é fundamental. Existe um apelo constante para nos fundirmos com as mazelas da nossa sociedade em detrimento do que nos eleva. O trabalho do escritor é observar esses movimentos, sem avaliações. Recomeçar pode ser difícil demais se não temos consciência da dor.  Se não entendermos o que é real e o que desejam que acreditemos. Se pegarmos essa dor em nossas mãos, conversarmos com ela e aprendermos com o que estamos v

Ontem, sábado sete de novembro, tivemos o encontro com o dramaturgo e escritor Bosco Brasil, no Sesi Cultural do Rio de Janeiro.  Foi um bálsamo para a manhã chuvosa e quem não participou realmente perdeu um grande momento de aprendizado. Vale dizer que o Sesi Cultural tem esse diferencial: alimentar os projetos que já foram concluídos com encontros de qualidade. Desse modo garante-se a continuidade. A crítica que faço é que não adianta termos esses momentos se não participarmos. A participação é contribuição efetiva. É um dar e receber contínuo. Bosco chegou quieto, tranquilo. Subiu ao palco com leveza, cumprimentou o condutor Antenor Neto e nos envolveu com a sua estória e conhecimento, cativando-nos com o seu discurso. Eu teria ficado a tarde toda aprendendo com ele. Ouvir e conversar com pessoas que tem a escrita como ofício é sempre um momento de descoberta. Estamos sempre em construção. Bosco Brasil é um dos grandes autores de teatro e roteiristas de novela

Segundo a Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children’s Reading Found) as crianças de 0 a 5 anos, que passam os anos ouvindo estórias infantis e folheando livros aumentará a sua familiaridade com a escrita, com a grafia e até com a renda futura. Livros são bons companheiros. Eles nos fazem respirar fundo e olhar para a mesma situação de maneira diferente. Todas as situações possuem nuances e vê-las sempre do mesmo modo não nos garante a visão total. O conhecimento vai iluminando o nosso pensamento, a cada dia, sempre mais. Leitura é bom para a cabeça e deixa o agir diferente, original, se meditarmos sobre o que vamos lendo, se fizermos conexões. A ideia do dia é ter o nosso cantinho de leitura em casa. Um santuário para a nossa meditação. Em contato com as tramas vamos despertando para as nossas. E lá vamos nós! Viajantes do tempo entre palavras e emoções.

A leitura nos faz voar. Voe e aprecie as tramas. Tudo é texto. O outro é texto. Somos escritores dos nossos destinos.  Nivea Oliveira

Paulo Coelho nos diz em um de seus livros que uma vez que façamos as nossas escolhas é preciso ir adiante apesar de. Em Feliz Escolha o fator decisão está pautado de vários modos. Tudo é escolha. Miguel decide mudar e sua esposa Alzira o acompanha fisicamente. Mentalmente ela está presa aos programas televisivos que a transportam para uma realidade virtual. Devido a sua idade Alzira não navega nas redes sociais. Ela mergulhou fundo no mundo televisivo e não emergiu mais. Viver a vida dos personagens é mais fácil para ela porque a comodidade do sofá que molda o seu corpo ao longo dos anos a protege dos arranhões e dos senões. Miguel, seu marido, decide se aposentar sem ter a certeza de que a nova vida lhe trará somente alegrias. Mas existe vida com alegrias constantes e sem fim? A tristeza de quem sabe para onde está indo é a mesma da tristeza do desatino de viver como uma folha seca sem paradeiro? Alguns decidem ser nômades, mas essa é uma decisão não uma consequência de

A fortaleza de estar junto.  Formas e cores se unem para ser um só. Poderíamos tentar imitar a natureza e buscarmos o que nos une. Buscar o que nos pode separar cancela a perfeição do quadro. Ao fazer essa foto hoje refleti sobre os quadros da vida.

O poema de João Cabral de Melo Neto que hoje divido com voces me parece perfeito para falar sobre o trabalho social que temos no âmbito cultural, social e educativo, aqui no Rio de Janeiro. O trabalho cultural envolve forças e pessoas que, por sua vez, suscitam mudanças em outras pessoas. Quando vejo estudantes indo ao teatro que pertence senão à mesma empresa da escola deles mas, ao universo que se de cada um que se conecta através das atividades que produzem, fico muito feliz: "Um galo sozinho não tece a manhã" “Entretendendo”, o termo construído pelo autor, que sugere o ato de “fazer tendas”. “se entretendendo para todos, no toldo” Vamos pensar no que já foi feito até o momento presente. Existe uma fatia da sociedade que tem cultura, ensino e serviço de boa qualidade. Isso é possível porque as empresas, através das doações, garantem esses projetos. O preço que pagamos por esses serviços são viáveis para grande parte da população. Alguns são gratuitos.

Nel 1996 la guerra era la protagonista indiscussa. Arrivai in Burundi con uno zaino rosso di quelli che si usano in montagna e una grande valigia con le rotelle. L'avventura era cominciata all'aeroporto di Torino. Munita di una lettera del Governo nella quale si dichiarava che viaggiavo in missione umanitaria, mi ero presentata con sessanta chili in più di quanto permesso. Il funzionario della compagnia aerea cercò di aiutarmi. In ogni modo era una sfida portare tutto quel carico per una persona di 49 chili (il mio peso di quel tempo). Il funzionario mi condusse in un'altra sala e risistemò i pacchetti di caffè, pasta, la moka e tante lattine e pacchettini di cibo. Chi mi avesse visto in quel momento avrebbe detto che ero in partenza per un'isola deserta. Dopo aver sistemato tutto, con l'aiuto di quel giovanotto, misi lo zaino sulle spalle e partii. Al momento di salire la scala dell'aereo persi l'equilibrio. Un signore che era dietro di me cercò di aiutarm

Cari lettori , oggi vi presento un capitolo del mio libro Un Ponte Per Te (lo trovate sul sitto dell'Amazon). La passione per la scritta e mio papà: un collegamento speciale. Un ponte speciale I nostri sogni sono come delle strade sinuose che ci conducono in direzioni nuove, sconosciute. Durante la mia infanzia ho conosciuto la forza con cui l'immaginazione incide sulla realtà, cambiando strada, dando significato ad alcuni gesti, facendo superare dolori… In questi momenti ciò che sembra essere lo spegnersi della luce si rivela come una nuova possibilità, un nuovo inizio. Papà era un uomo molto intelligente. Un metro e novanta di tenerezza e un bellissimo colore di frutta tropicale, di jambo. Amante della lettura e della scrittura, era un uomo con una mentalità più avanti della sua epoca. Non ho avuto tempo per conoscere i suoi difetti. Ma cosa fare? Mio fratello è nato con lo stesso colore di papà. Io e mia sorella sembravamo più pallide dopo la sua nascita.

A sua alegria era a nossa alegria.  Você continua sendo recordada por muitas pessoas que frequentam a casa onde você vivia.  Amanhã não será um dia de festa, será um dia de reverência à felicidade. Estamos tristes pela tua ausência mas, ter convivido com você foi maravilhoso. Não seria justo te recordar com lágrimas porque você só nos fez chorar no dia em que se foi.    

O prazer de ler é um exercício interessante porque temos vários gêneros literários e escolher um deles é como usar uma roupa que nos cai bem: ficamos confortáveis e nos sentimos mais felizes. Existem muitos desdobramentos que nascem a partir do momento em que colocamos à leitura em nossas vidas. Se duvidar disso, comece a ler. Hoje existem vários formatos à nossa disposição. É um mar de possibilidades que se apresenta diante de nós.  Vamos aproveitar o final de semana para escolher um livro especial ou dar a possibilidade de conhecer aquele exemplar que espera por você há muito, em sua casa ou na sua bolsa. O hábito vem com a repetição. O que jamais se repetirá está ligado às descobertas que fazemos ao conhecermos essas tramas maravilhosas. Viaje na próxima estória e melhora a sua estória pessoal. Leitura também é troca.  Bom final de semana!

Adesso i miei lettori trovano la mia autobiografia sull ' Amazon.  La versione in italiano di "Uma Ponte Para Você" - "Un Ponte Per Te". La vita è fatta di collegamenti e i ponti simbolici del quotidiano ci porta a noi stessi. Agora os meus leitores encontram a minha autobiografia no Amazon.  A versão em italiano de "Uma Ponte Para Você" - "Un Ponte Per Te". A vida é feita de conexões e as pontes simbólicas do cotidiano nos conduzem a nós mesmos.

Nivea : Isabelle, antes de tudo obrigada pela entrevista. Você poderia nos dizer por que devemos ir assistir a peça Remake? Isabelle : Remake é um espetáculo provocativo e divertido, que reconta a história mais conhecida da humanidade  sob o olhar do mundo contemporâneo; oferecendo ao público a possibilidade de refletir e fazer alguns questionamentos, como por exemplo: " Como é que Ele faz para engravidar a Maria lá de cima?". " Deixaríamos o novo Messias chorar pela primeira vez num hospital público?" Permitindo ao público a identificação imediata, ao se perceber em cena. O nascimento de um novo Cristo que nos faz pensar se essa história realmente é e como foi escrita. Nivea : Na tua opinião, quais são as maiores dificuldades que o Teatro enfrenta nos dias atuais? Isabelle : Estamos na era da "informação". Com a internet, passamos a ter acesso a tudo, conversamos sobre muitos assuntos, ampliamos o nosso campo de conhecimento. "Muito s