Sempre buscando uma resposta lá vamos nós procurar os nossos amigos livros. Inquietos que somos queremos sempre responder, da melhor maneira e acertar sempre. Silenciosos, os livros nos respondem. Mas, nos pedem paciência para ouvi-los. E a situação se complica porque temos que responder emails, fazer compras, chegar na hora certa no consultório do médico, ir naquela festa imperdível mesmo que a nossa cabeça esteja se perdendo de tanto trabalho acumulado, temos que ir à academia, acordar cedo, fingir que está tudo bem enquanto o mundo desaba, ver televisão... temos isso, temos aquilo. Temos mesmo? Nos pergunta o texto. Por que o silêncio nos assusta tanto? Será que a nossa voz não é bonita? Será que a pergunta vai nos fazer mudar de rumo? Mas, que rumo é esse? É o meu ou é o do mundo? Viramos a página e queremos mais. Queremos a fórmula mágica, a receita de bolo de felicidade que nos conduza ao tal rumo indicado como o bom, o ideal, o perfeito. Tudo prontinho para usar. E nada disso ocorre. As horas passam e em nossas bibliotecas continuamos indagando.
Talvez essas respostas exigirão algo de nós mesmos. Continuar perguntando é um alívio então. Viagens internas nos conduzem a lugares múltiplos e essas descobertas exigem uma mudança.Que não tenhamos medo de perguntar e de descobrir. Viver também é isso: um dia de certezas e outro de dúvidas. O texto não acaba nunca, somente quando desistimos de silenciar para ouvir. Nivea Oliveira - (Lendo e buscando respostas)
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