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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Cotidiano

A moça saiu do trabalho já febril. Enfrentou um trânsito caótico para chegar  em casa. Um desafio cada vez mais difícil com todas as obras do Rio de Janeiro. Mesmo com febre ela acompanhou todas as mensagens do WhatsApp. Alguns apelos de doação de órgãos, gente que mandava fotos de lugares onde estavam, afinal, o final de semana havia chegado e não era importante viver. Tinha que ser grande. Fazer coisas maravilhosas. A moça não era maravilhosa. O salário pequeno de uma empresa familiar. Um horizonte definido por poucas possibilidades. Um homem se levantou e ela tentou pegar o lugar mas outro homem foi mais hábil e seguiu até o ponto final. A bateria do celular estava já terminando e o final de semana começava. Ao chegar em casa encontrou o marido sentado no sofá cultuando a rainha do lar: a televisão. No momento do comercial, o marido também dava atenção ao celular que faz concorrência acirrada com a rainha. A febre chegou com tudo mas a moça fez comida, lavou roupa, brigou com

Na Padaria

O dia amanhece em Copacabana. Judith caminha com sua bengala para a padaria. Caminhar é sempre um desafio mas ela gosta de tentar. O gerente do estabelecimento a cumprimenta rapidamente porque está recebendo um fornecedor. Alguns estudantes saem do balcão com saquinhos de pão de queijo quentinho. Glorinha, a atendente abre os braços e diz: - Minha linda! Você chegou! - Bom dia Glorinha. - Vou preparar o seu café com leite, viu. Arnaldo, faz aí o pão canoa de Judith. E então? Como passou a noite? - Eu fiquei pensando no fim daquela estória de ontem. - Pois é! A mulher ficou presa nos raios do amor. - Me conta de novo. - Era uma vez uma mulher que se apaixonou pelo amor e viu esse amor num lindo homem. O amor tinha raios dourados e ela brincava com esses raios. - Mas raios são perigosos. - Não era bem raio era... Arnaldo entrega o pão e dá o seu palpite. - Se quer ser escritora tem que conhecer as palavras Glorinha. - Pois é, me ajuda aí. - Não eram raios eram

Aquele olhar

A festa estava começando. Mara estacionou o carro bem em frente a casa de sua amiga Luana. Ao entrar passou pela varanda onde alguns convidados saboreavam salgadinhos e cerveja.  A sequência das frases teriam seguido o curso natural ao rever a abraçar a amiga aniversariante se não fosse pelo contato visual. Sentado a poucos metros das duas estava Carlos, olhando para a ponta dos próprios pés antes de se virar e mergulhar no olhar de Mara. Luana percebendo o ocorrido apresenta Carlos a Mara: - Ele é casado com a minha prima. A frase ecoou na mente de Mara e Luana pergunta se eles já se conhecem. Esse fato deixou Luana mais à vontade e logo em seguida foi receber novos convidados. Mara e Carlos ficaram a sós. Carlos levantou-se da poltrona. Os mesmos belos olhos azuis e os cabelos loiros. O tempo não havia cancelado a beleza. - Você conhece a Luana?! - Trabalhamos juntas. - Que doideira. Sou casado com a prima dela. - Pois é, eu ouvi. - Você continua muito bonita. Casou?

O retorno: 2015 e seus desafios

Os desafios de um ano começa quando decidimos que vamos enfrentá-los. Olá leitores! estou de volta depois de um período de férias. Comecei o ano lendo o livro que meu irmão Antenor Oliveira me deu intitulado " O Clube do Filme ", do canadense David Gilmor. Nesse livro o autor fala sobre a sua experiência com o seu filho Jesse que desiste de estudar diante da condição de ver três filmes por semana com o seu pai. O jovem aceita e começa uma viagem na descoberta de outras tramas sob a orientação do seu pai. A vida vai adiante, como sempre, e o objetivo é entrecortado por decepções amorosas, estações do ano que se sucedem e tempos difíceis devido a falta de emprego de David. O leitor se deleita na linda estória e ganha uma lista de filmes para ver: "O clube do filme continuou. Para aumentar o interesse de Jesse em assistir a mais filmes sem que isso parecesse um dever de casa, inventei um jogo, "aponte o grande momento". Consistia em descobri a cena ou o d