Nem tudo na vida se resolve com a
leitura somente, sabemos disso. Porém, a leitura suscita a reflexão para todos
os males e para todo o bem desse mundo. É que a gente vive no mundo externo
tentando encaixá-lo no nosso mundo interior, ou buscando o contrário. E aí tudo
fica possível e impossível ao mesmo tempo porque as estradas se fazem de acordo
com os motoristas. Viver nessa corda bamba sem perder a cabeça é um desafio
diário e quando vencemos alguma situação, nem sempre ganhamos medalhas como nas
competições de corrida que faço.
Estou lendo Amor Líquido: Sobre a
Fragilidade dos Laços Humanos, de Zygmunt Bauman.
Não tem fórmula para ser feliz, mas tem uma interessante abordagem para os
nossos tempos de relacionamentos. Particularmente, prefiro perguntas às
respostas.
A gente tenta
manter um padrão de relacionamento e a vida nos mostra outro. Antes a gente “ia
com o milho e alguém voltava com a pipoca”,. Hoje, em alguns casos, o outro não
volta mais com a pipoca e a gente investe tanto milho em situações que não nos
darão retorno. Ou ainda, o retorno vem, mas não era aquilo que a gente queria. Mas
quando foi esse “antes”? Por que isso acontece? Será sempre assim?
Fica a dica de
leitura e o desejo de que essa semana seja verdadeiramente nossa, mesmo se nada
do que for planejado acontecer. Ainda temos a nós mesmos!
“A
misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, o sentimento de insegurança que
ela inspira e os
desejos
conflitantes (estimulados por tal sentimento) de apertar os laços e ao mesmo
tempo mantê-los
frouxos,
é o que este livro busca esclarecer, registrar e apreender.”
“Em
nosso mundo de furiosa “individualização”, os relacionamentos são bênçãos
ambíguas.
Oscilam
entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no
outro. Na
maior
parte do tempo, esses dois avatares coabitam embora em diferentes níveis de
consciência. No
líquido
cenário da vida moderna, os relacionamentos talvez sejam os representantes mais
comuns,
agudos,
perturbadores e profundamente sentidos da ambivalência. É por isso, podemos
garantir, que se
encontram
tão firmemente no cerne das atenções dos modernos e líquidos
indivíduos-por-decreto, e no
topo de sua agenda existencial.”
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