Já estou ensaiando a minha busca de momentos vitalizantes no cotidiano. Um treino para um dos itens da lista de 2015. Hoje a experiência positiva do dia ocorreu onde eu jamais pensei que fosse possível: num supermercado da Região dos Lagos. Ainda pela manhã foi comprar coisas para a casa. Estamos juntos, meus irmãos, amigos e mamãe, nessas festas de final de ano. Fui ao supermercado e logo senti que comprar coisas nesse período do ano é um desafio. Primeiro tive que desbravar a massa humana para chegar até às prateleiras para buscar os produtos da minha lista. Em seguida me dirigi ao caixa destinado aos clientes com pouco volumes. Esse gesto corriqueiro teria passado no anonimato se não fosse o encontro vitalizante com a Sra. Osmar e Rosana. A primeira está há três anos na região e esta última mora em Brasília. A longa espera fez com que o nosso diálogo abordasse vários temas ligados à felicidade. Certamente ninguém é feliz esperando numa fila andar mas a descoberta de pessoas que se identificam com o positivo sim, independente do local onde isso ocorra. A Sra. Osmar nos revelou que nunca teve problemas com o seu nome e que a sua irmã mais velha chama-se Última. Essa sim, disse-nos ela, sofreu na infância. Ela era a única com carrinho, objeto raro naquele contexto, e nos pediu que usássemos o mesmo espaço do carrinho e liberássemos as mãos.Rosana já morou em muitos lugares, inclusive fora do Brasil e sente que o lugar é o reflexo de nós mesmos.Enquanto falávamos sobre a certeza de atrairmos somente fatos ou pessoas que estão ligadas na mesma sintonia nossa, uma senhora passava por nós, chegava até onde estava a atendente do caixa, reclamava com a funcionária e retornava para a fila gesticulando muito e se aborrecendo com a falta de platéia. Essa senhora fez isso durante os quarenta minutos que ali estivemos de modo contínuo. Quando chegou a nossa vez, a Sra. Osmar, Rosana e eu trocamos mensagens de bom ano sob o olhar reprovador da senhora que confidenciou ao seu acompanhante que a fila não andava porque as pessoas conversam demais. Acredito que a Sra. Osmar não tenha ouvido isso porque a Rosana já havia ido embora e eu estava concluindo o pagamento naquele momento. A fila anda, tive o ímpeto de responder, mas para quê perder a cabeçã? Ela fez fila e eu fiz conexões.
Já estou ensaiando a minha busca de momentos vitalizantes no cotidiano. Um treino para um dos itens da lista de 2015. Hoje a experiência positiva do dia ocorreu onde eu jamais pensei que fosse possível: num supermercado da Região dos Lagos. Ainda pela manhã foi comprar coisas para a casa. Estamos juntos, meus irmãos, amigos e mamãe, nessas festas de final de ano. Fui ao supermercado e logo senti que comprar coisas nesse período do ano é um desafio. Primeiro tive que desbravar a massa humana para chegar até às prateleiras para buscar os produtos da minha lista. Em seguida me dirigi ao caixa destinado aos clientes com pouco volumes. Esse gesto corriqueiro teria passado no anonimato se não fosse o encontro vitalizante com a Sra. Osmar e Rosana. A primeira está há três anos na região e esta última mora em Brasília. A longa espera fez com que o nosso diálogo abordasse vários temas ligados à felicidade. Certamente ninguém é feliz esperando numa fila andar mas a descoberta de pessoas que se identificam com o positivo sim, independente do local onde isso ocorra. A Sra. Osmar nos revelou que nunca teve problemas com o seu nome e que a sua irmã mais velha chama-se Última. Essa sim, disse-nos ela, sofreu na infância. Ela era a única com carrinho, objeto raro naquele contexto, e nos pediu que usássemos o mesmo espaço do carrinho e liberássemos as mãos.Rosana já morou em muitos lugares, inclusive fora do Brasil e sente que o lugar é o reflexo de nós mesmos.Enquanto falávamos sobre a certeza de atrairmos somente fatos ou pessoas que estão ligadas na mesma sintonia nossa, uma senhora passava por nós, chegava até onde estava a atendente do caixa, reclamava com a funcionária e retornava para a fila gesticulando muito e se aborrecendo com a falta de platéia. Essa senhora fez isso durante os quarenta minutos que ali estivemos de modo contínuo. Quando chegou a nossa vez, a Sra. Osmar, Rosana e eu trocamos mensagens de bom ano sob o olhar reprovador da senhora que confidenciou ao seu acompanhante que a fila não andava porque as pessoas conversam demais. Acredito que a Sra. Osmar não tenha ouvido isso porque a Rosana já havia ido embora e eu estava concluindo o pagamento naquele momento. A fila anda, tive o ímpeto de responder, mas para quê perder a cabeçã? Ela fez fila e eu fiz conexões.
Só pessoas especiais conseguem extrair do caos de uma fila de supermercado a insustentável beleza do ser.
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